segunda-feira, 10 de outubro de 2011

COISAS QUE SÓ ACONTECEM COM ANJOS

MEU PAI ....SERIA ELE UM ANJO?  OU SERÍAMOS EU  E MEU IRMÃO?


Ontem domingo estava eu na casa de minha mãe conversando com meu Tio Betovisk.  E ele me contou que quando estava trocando o pneu de sua carretinha, que pensava ele ter furado, chega o danado do anjo e da uma pesada no que diz ser tambor da roda e ai se houve aquele barulho e rolamentos e coisas quebradas.  Meu pai apareceu do nada e fez aquilo, disse a meu tio que ele teria ficado na estrada se fosse daquele jeito para Alexânia.
Meu tio ficou encabulado com tudo aquilo.
E eu lembrei-me de uma das muitas histórias que meu PAI nos levou a sermos protagonistas  da mesma.  Eu e meu irmão.
Era uma manhã de domingo, eu e meu irmão como de costume estavamos dormindo.  Escutamos a campainha tocando incessantemente, e descemos correndo para ver quem era.  Era um menino que ajudava meu pai nos serviços mecânicos  que eu não me lembro do nome, avisando-nos que meu pai havia capotado o Toyota e que só sairia de lá se nós fossemos buscá-lo. Pensa na novela.  Nós dois de pijama, meio sonolentos com aquela notícia maravilhosa....
Trocamos a roupa e pegamos o carro.
Carro este que fora comprado por minha avó que hoje está desencarnada olhando por nós.
E então pegamos o carro e fomos rumo cemitério parque, entramos Vila União afora e lá estava ele, dentro da cabine do Toyota, todo sujo de terra, ensanguentado, machucado, chorando e nada mais nada menos do que bêbado.
Falei pra ele sair em tom severo.
- Sai dai pai, que vamos te levar pro hospital.
Ele não quis ir para o hospital, então levamos ele para um barracão em que hoje mora e que fica nos fundos do sobrado onde morávamos.  Estava com um corte na testa e o dedo (acho que o polegar) quebrado.  Eu e meu irmão já que meu pai não queria ir para o hospital, fomos a uma farmácia e lá compramos esparadrapo, água oxigena, analgésicos e imaginem só atadura gessada.
ENGESSAMOS A MÃO DE MEU PAI.
Pensa na cena....
Meu pai sentado na cama e meu irmão puxando o dedo com força pra endireitar e eu passando a atadura gessada, detalhe: sem algodão por baixo. Não se sei sabem mas gesso quando vai secando vai queimando.  E meu pai anestisiado não sei se de remédios ou de cachaça, ficou quetinho e deixou que nós fizessemos isso.
Não aconselho a ninguém realizar tal feito, pois o dedo de meu pai até hoje está torto, graças aos nossos excelentes conhecimentos médicos.
Mas como quem não tem cão caça com gato...nos viramos.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Eita trem bão!!!

Uma poesia pra lembrar algum dia!!!

A Minha Infância

A minha infância
Quantos dias da distância
Dos dias atuais
A brincadeira de elástico
Fazer misturas e virar um pó mágico

A minha infância
Que dias maravilhosos
Que guardo na lembrança

Meus primos vindos de Brasília
E a vida se tornava euforia

A minha infância
Muitas coisas guardo na lembrança
Coisas que nunca gostaria de esquecer
Brincar no parque e começar a chover

As coisas boas que vivi
A leitura de gibi
Subir no pé de pequi
Ter piriri

Comer ameixa e chupar limão china toda hora
Do quintal de minha avó que já não existe agora

Que saudade da minha avó 
Que saudade
Que vontade
De comer pipoca com suco de limão
E fazer bolhas de sabão
Brincar nas festas de São João

A minha infância
Tenho saudade somente das boas lembranças
De quando eu era criança

Ai que saudade
Da minha tia Lúcia
Que sempre estava por perto
E nos ensinava sempre o que era certo
Nos ensinava a andar sempre no caminho reto
Nos dava aquele abraço concreto
Nos dava colo e alento quando precisávamos

Como é duro ter que crescer
E ver que a caminhada tem que ser
Percorrida mesmo com a saudade

Saudade
Saudade da alegria
Euforia
Ai que saudade de quando eu podia me sentir criança!

Andrea Luiza Segantine Spindula Rosa